VEJA PORQUE A MEDIUNIDADE É EXTREMAMENTE IMPÔRTANTE PARA O SER HUMANO.

 





Tormentos do sexo, 

André Luiz foi convidado a examinar o rapaz que tentava, sem êxito, a psicografia. Os núcleos glandulares emitiam pálidas irradiações. A epífise semelhava-se a reduzida semente algo luminosa. No aparelho genital, as glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, de extrema mobilidade.

Desde a bexiga urinária, vibravam ao longo do cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas massas mucosas da uretra, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as.

As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Pareciam imantados uns aos outros, na mesma faina de destruição. Eram bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores.

Os Espíritos, na falta de terminologia própria, chamam-nos de larvas, larvas essas cultivadas pelo rapaz, não apenas pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, como também pelo contato com entidades grosseiras, afinadas com suas predileções e que o visitavam com frequência, como imperceptíveis vampiros.

O rapaz, apesar de espírita iniciante, não sabia que o corpo físico é leve sombra do corpo perispiritual e que a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida. Julgava que o sexo nada tem que ver com espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si. Seu erro é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual.

Uso de alcoólicos - André examinou, em seguida, um cavalheiro já maduro que também tentava a psicografia. Havia nele um odor característico. A atmosfera em derredor do rosto não era agradável. Seu corpo parecia um tonel de cujo interior escapavam certos vapores muito leves, mas incessantes. Era visível sua dificuldade para sustentar o pensamento com relativa calma.

O candidato a médium usava alcoólicos em quantidade regular. O aparelho gastrintestinal parecia ensopado em aguardente, porquanto essa substância invadia todos os escaninhos do estômago. O fígado estava enorme.

Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sanguíneos mais novos. A estrutura do órgão se mantinha alterada, com considerável aumento de volume. Alexandre explicou então que os alcoólicos aniquilavam aquele homem vagarosamente.

Ele permanecia completamente desviado em seus centros de equilíbrio vital. Todo o sistema endocrínico fora atingido pela atuação tóxica. Inutilmente a medula trabalhava para melhorar os valores da circulação e em vão esforçavam-se os centros genitais para ordenar as funções que lhes estão afetas, porque o álcool excessivo determina modificações deprimentes na própria cromatina, substância existente no núcleo das células.

Rins e pâncreas também sofriam a ação corrosiva do álcool. Larvas destruidoras exterminavam as células hepáticas e, não fossem as glândulas sudoríparas, talvez o homem já houvesse desencarnado.

A febre da gula - O exame recaía agora numa senhora simpática e idosa, candidata à mediunidade de incorporação. Fraquíssima luz emanava de sua organização mental e, desde o primeiro momento, notavam-se suas deformações físicas. O estômago estava dilatado horrivelmente e os intestinos pareciam sofrer estranhas alterações, a exemplo do fígado, consideravelmente aumentado e submetido a indefinível agitação.

Anomalias de vulto alcançavam também desde o duodeno até à sigmóide. Aquilo não parecia ser um aparelho digestivo usual, mas, sim, um vasto alambique, cheio de pastas de carne e caldos gordurosos, cheirando a vinagre de condimentação ativa. Em grande zona do ventre superlotado de alimentos, viam-se muitos parasitos conhecidos, mas, além deles, havia outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas que se agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula ileocecal.

Os parasitos atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição. Aquela mulher se excedia na alimentação. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se presa de seres de baixa condição.

A questão da mediunidade - Diante desses quadros, pode-se avaliar a extensão das necessidades educativas na esfera terrestre. A mente encarnada engalanou-se com os valores intelectuais e fez o culto da razão pura, esquecendo que a razão humana precisa da luz divina. O homem comum percebe muito pouco e sente muito menos. O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Jesus, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos.

Ela não é, porém, exclusiva dos chamados "médiuns" e nem de uma religião. Todas as pessoas a possuem, porquanto significa recepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos, através de uma Iniciação verdadeira, Não basta, porém, perceber; é imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem.

A maioria dos candidatos ao desenvolvimento mediúnico não se dispõe, contudo, aos serviços preliminares de limpeza do vaso respectivo. Dividem a matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando os próprios Espíritos, estudantes da Verdade, ainda não conseguiram – segundo Alexandre – identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outro.

Os Espíritos elevados não querem transformar o mundo em cemitério de tristeza. Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável, usar um aperitivo comum, fazer a boa refeição, de modo algum isso significa desvios espirituais; no entanto, os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, que retêm a alma nos círculos inferiores. Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes na sublime ciência do bem-viver.

Os candidatos a médiuns devem compreender que mediunidade elevada ou percepção edificante não constituem atividades mecânicas da personalidade e sim conquistas do Espírito, para cuja consecução não se pode prescindir das iniciações dolorosas, dos trabalhos necessários, com a autoeducação sistemática e perseverante.


Erick Carvalho

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